(FUVEST 2017 - 2 FASE)
Considere a função fa : [0,1] → [0,1] que depende de um parâmetro a ]1,2] , dada por
Sabe-se que existe um único ponto pa
tal que fa(pa) = pa. Na figura a seguir, estão esboçados o gráfico de fa e a reta de equação y = x.
a) Encontre uma expressão para o ponto pa em função de a.
b) Mostre que fa(fa(1/2)) < 1/2 para todo a ]1,2].
c) Utilizando a desigualdade do item b), encontre a ]1,2] tal que fa(fa(fa(1/2))) = pa, em que pa é o ponto encontrado no item a)
Gabarito:
Resolução:
a)
Pelo gráfico, percebemos que em a função f é igual à função de reta y=x. Logo, podemos igualar as expressões:
___________________________________________________
b)
Primeiro, encontramos e depois aplicamos o resultado disso em
:
Queremos provar que isso é menor que 1/2 para qualquer a em ]1,2]. Logo:
Remanejando algebricamente:
Para essa expressão, encontramos somente a raiz . Sendo assim, analisando o sinal da função, vemos que ela é positiva para qualquer valor de a (exceto a=1 que é sua raiz).
Logo, no intervalo a função é positiva e a inequação é verdadeira.
______________________________________________
c)
Usando os resultados obtidos nos itens anteriores, temos:
e
Como queremos , então a' está fora do intervalo estudado. Portanto:
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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