Questão 53879

(UFU - 2019 - 1ª FASE ) No nada. Era em um lugar assim, no meio do mato, sem sinal de celular, longe do trânsito, da pressão do trabalho e dos motivos que o levaram a um quadro de arritmia cardíaca, que o advogado gaúcho José Henrique Costa, 52, pretendia passar as últimas férias. "Queria um destino em que pudesse manter algumas práticas que comecei depois que tive um quadro grave de estresse, como ioga, meditação e nadismo, que conheci pela internet", diz. Nadismo é um movimento que, como diz o nome, consiste em incentivar pessoas a passar algumas horas fazendo, literalmente, coisa nenhuma. Nada mesmo, Ihufas, patavina – basta ficar sentado ou deitado e se colocar em estado de inatividade. Quanto mais inútil, melhor.

MOLINERO, Bruno. Nada melhor do que não fazer nada. Folha de S. Paulo, Turismo D4, 10 de dezembro de 2015. (Fragmento)

As formas verbais em destaque indicam, respectivamente, uma ação

A

passada em andamento; uma ação passada concluída.

B

posterior a outra passada; uma ação anterior a outra passada.

C

passada com duração no presente; uma ação anterior a outra passada.

D

passada anterior a outra também passada; uma ação passada em andamento.

Gabarito:

posterior a outra passada; uma ação anterior a outra passada.



Resolução:

a) passada em andamento; uma ação passada concluída.
alternativa incorreta: Isso indicaria que as ações estão ocorrendo simultaneamente, o que não é o caso aqui.

b) posterior a outra passada; uma ação anterior a outra passada.
alternativa correta: "pretendia": indica uma ação passada que é posterior a outra ação passada, que é a ação de "conheci".
"conheci": indica uma ação passada que ocorreu antes da ação de "pretendia".
as formas verbais em destaque indicam que a ação de "conheci" é anterior à ação de "pretendia"

c) passada com duração no presente; uma ação anterior a outra passada.
alternativa incorreta: Isso sugere que uma ação que começou no passado continua até o presente, o que não se aplica ao contexto.

d) passada anterior a outra também passada; uma ação passada em andamento.
alternativa incorreta: Essa alternativa indicaria que ambas as ações estavam ocorrendo ao mesmo tempo, o que não é o caso, já que "conheci" é anterior a "pretendia".



Questão 2399

(UFU/MG)

Estou farto do lirismo comedido do lirismo bem comportado [...]
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
− Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.

BANDEIRA, Manuel. Libertinagem.

Em relação aos versos citados do poema “Poética” e à obra Libertinagem, de Manuel Bandeira, marque a assertiva INCORRETA.

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Questão 2545

 (UFU-2006) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D. Adelaide.

“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhecem? (...)quis fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.

A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas; o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)

(...) vou cantar a Promessa, conhecem? Não disseram os dois irmãos. (...)h! Anda por aí como as ‘Pombas’ do Raimundo.”

 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

 

Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.

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Questão 3019

(Ufu 2016)  O jardim já vai se desmanchando na escuridão, mas Cristina ainda vê uma gravata (cinzenta?) saindo do bolso vermelho. Quer gritar de novo, mas a gravata cala a boca do grito, e já não adianta o pé querer se fincar no chão nem a mão querer fugir: o Homem domina Cristina e a mão dele vai puxando, o joelho vai empurrando, o pé vai castigando, o corpo todinho dele vai pressionando Cristina pra mata. Derruba ela no chão. Monta nela. O escuro toma conta de tudo.

O Homem aperta a gravata na mão feito uma rédea. Com a outra mão vai arrancando, vai rasgando, se livrando de tudo que é pano no caminho.

Agora o Homem é todo músculo. Crescendo.

Só afrouxa a rédea depois do gozo.

Cristina mal consegue tomar fôlego: já sente a gravata solavancando pro pescoço e se enroscando num nó. Que aperta. Aperta mais. Mais.

 

BOJUNGA, Lygia. O abraço. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2014. p. 82

 

 

Instantes derradeiros de O abraço, a passagem narra encontro de Cristina com o ‘Homem’. Levando-se em conta o enredo da obra até seu desenrolar nesses momentos finais, Cristina

 

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Questão 3021

(UFU - 2016 - 1ª FASE)

 

DIONISOS DENDRITES

Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas

Ramos nascem de seu peito

Pés percutem a pedra enegrecida

Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.

 

Acorre o vento ao círculo demente

O vinho espuma nas taças incendiadas.

Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços

Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas

E o vaticínio do tumulto à Noite –

Chegada do inverno aos lares

Fim de guerra em campos estrangeiros.

 

As bocas mordem colos e flancos desnudados:

À sombra mergulham faces convulsivas

Corpos se avizinham à vida fria dos valados

Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.

Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos

Mergulham no vórtice da festa consagrada.

 

E quando o Sol o ingênuo olhar acende

Um secreto murmúrio ata num só feixe

O louro trigo nascido das encostas.

 

SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.

 

Ao evocar a mitologia, Dora Ferreira reativa em seu poema o mito de Dionisos. Nesse resgate do mito do deus Dionisos, o verso  

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