Questão 49039

(ENEM PPL - 2018)

TEXTO I

Por “complexo de vira-latas” entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo. Isto em todos os setores e, sobretudo, no futebol. Dizer que nós nos julgamos “os maiores” é uma cínica inverdade. Em Wembley, por que perdemos? Porque, diante do quadro inglês, louro e sardento, a equipe brasileira ganiu de humildade. Jamais foi tão evidente e, eu diria mesmo, espetacular o nosso vira-latismo [...]. É um problema de fé em si mesmo. O brasileiro precisa se convencer de que não é um vira-latas.

RODRIGUES, N. À sombra das chuteiras imortais. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.

TEXTO II

A melhor banda de todos os tempos da última semana

          As músicas mais pedidas
          Os discos que vendem mais
          As novidades antigas
          Nas páginas dos jornais

          Um idiota em inglês
          Se é idiota, é bem menos que nós
          Um idiota em inglês
          É bem melhor do que eu e vocês

          A melhor banda de todos os tempos da última semana
          O melhor disco brasileiro de música americana
          O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado
          O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos

TITÃS. A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento).

O verso do Texto II que estabelece a adequada relação temática com “o nosso vira-latismo”, presente no Texto I, é:

A

"As novidades antigas".

B

"Os discos que vendem mais".

C

"O melhor disco brasileiro de música americana".

D

"A melhor banda de todos os tempos da última semana".

E

"O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos".

Gabarito:

"O melhor disco brasileiro de música americana".



Resolução:

A) INCORRETA: "as novidades antigas" não representa um vira-latismo, mas sim um paradoxo.

B) INCORRETA: "os dicos que vendem mais" não estabelecem relação de vira-latismo, até porque pode ser qualquer disco, até os essencialmente brasileiros.

C) CORRETA: quando é dito "O melhor disco brasileiro de música americana", vemos que há um vira-latismo, uma vez que coloca que a melhor produção nacional tem o conteúdo de uma cultura americana. Isso representa um estrangeirismo dominante na produção cultural.

D) INCORRETA: "a melhor banda de todos os tempos da última semana" não é um vira-latismo, mas, pelo contrário, é uma valorização de um grupo nacional musical que se caracteriza como a melhor banda de todos os tempos.

E) INCORRETA: "o maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos" não representa um viralismo, mas é também uma valorização do trabalho da banda no contexto mundial.



Questão 1828

(Enem PPL 2014) Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse: – Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em: http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.


A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

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Questão 1831

(ENEM PPL - 2010) 

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (fragmento adaptado).

Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se 

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Questão 2707

 (ENEM PPL - 2010)

AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB/USP.

O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que nas artes plásticas, a 

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Questão 3051

(Enem PPL 2015)

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